Eu sinto que estou no meio e no nada.
Num buraco tão fundo, que sou sempre superficial
Minhas respostas são monossilábicas
E há um rio de palavras no fim da curva.
Eu sinto que não sinto de tanto que sinto.
Sinto muito, mesmo.
Sinto que não posso sentir
Felicidade. Se te lembrar, me lembra do agora.
Eu só sinto tristeza.
Sinto que que não posso sentir,
Tristeza. Se te lembro, me lembro
Que não sou feliz agora.
E que amanha, é bem capaz que Deus também não há de se lembrar bem do nós.
Quantas coisas queremos nessa vida. No fim, tudo se resume a tão pouco quereres.
Tem gente que quer só o que não tem. Parece injusto. Ingratidão.
Mas se não tenho você, o que mais posso querer?
Eu sinto que estou num furacão de calmaria e chove enquanto a brisa é morna e sem graça.
Não quero responder nem as coisas banais, “sim, o café esfriou….”
Não suporto explicações prolongadas, diálogos silenciosos enquanto o que sinto grita tanto.
Não quero falar de rotinas.
Estou fechada pra balanço. Nessa balança de valer a pena. Não há lado que pende mais.
Tudo que é dor pesa sempre mais alma, desculpe. Não tenho resposta se sou só “por que?”
Você foi tudo e depois se foi
Ontem (como antes e antes de ontem) lembrei de ti Nessa coisa de tentar remontar os momentos E falhar A