Sobre descobertas

Ando descobrindo muitas coisas. A primeira que a vida é uma eterna descoberta, que a gente aprende sozinho, mas que descobrir junto é mais gostoso. Eu descobri que a gente gosta de jeitos diferentes, por razões diferentes. A gente gosta do jeito que o cabelo é penteado, do café servido na cama, do cheiro, a gente gosta do tom de voz e das conversas.

Gostamos de como somos tratados, gostamos quando temos muito em comum ou porque somos totalmente diferentes, gostamos porque é resposta ou porque nos cobra perguntas.

Gostamos porque nos completa ou porque nos faz entender que não precisamos ser metades, apenas nós em nossas falhas e acertos. O fato é que existem mil razões para se gostar. E quando não houver mil razões ao menos uma há de bastar para que goste. Talvez não para que fique.

Entre outras coisas, descobri que a gente pode perder sem se perder.  E que perder é tantas vezes ganhar (e ou se encontrar). Tenho perdido as reservas e todas as coisas que me impedem de gostar mais de mim.

Tenho perdido a mania absurda de planejar cada instante, de ensaiar as frases, de ter que sempre ter razão. Descobri, então, que a gente vive bem, bem melhor, inclusive, quando a gente “perde” certas coisas e pessoas, certos hábitos e pensamentos.

Descobri também que podemos ser comedidos arriscando, que podemos jogar por diversão e isso é ganhar. Descobri que a gente só descobre quando entende. Só entendemos quando abrimos mão. De nossas convicções ou de tudo que nos impede de continuar descobrindo. Quem acha que sabe tudo está perdendo a melhor parte.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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