Seria muito justo te desamar

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Eu te amei rápido, bem antes que eu imaginava ser possível. Achei que era atração, que era apego, carência, qualquer outro nome. E era tudo junto, nunca duvidei. Mas é que eu te amei de repente e me esqueci de todos os “eu nunca aceitarei/ farei isso”. Na verdade, eu me lembrei de cada um dessas coisas quando abri mão de todas elas por você.

Meu amor era tão maior que o seu que eu achei que era suficiente para nós dois. Eu te amei ao ponto de me amar menos. Eu te amei em ápices de loucuras, menti pra muita gente antes de fazer alguma coisa descabida por você. E eu fiz muitas. Eu te amei e jurei nunca mais te amar. Eu desisti, disse que ia embora só pra fazer charme.

Te culpei por todas as vezes que não consegui beijar mais ninguém. Te culpei por todas as vezes que beijei e me senti culpada. Eu te amei tão rápido que seria muito justo te desamar amanhã. Queria acordar, tomar o café e opa, não te amo mais. Queria acreditar que tudo é questão de tempo e que passa. Mas, meu bem, lá vamos nós pra outro ano e eu ainda te amo.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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