Meu lugar é tu

Querido, viver é indizível (4).png

“Cabivelmente” intrigante te achei. Couberam no lugar das dúvidas perguntas retóricas. Estava tudo tão claro. Deixei de pedir as luzes apagadas porque não era mais difícil expor a alma, por pra fora tudo que silencio. Meter o medo pra dentro é uma coisa que a gente nunca se acostuma, mas finge conviver bem. É como ter de desfilar com sapato apertado, a cabeça toda no calo não te deixa ir pra frente. Mas aí, do meu cabelo bagunçado tu fez morada, anda arrumando a bagunça com piada, deixa tudo revirado e ainda sim faz sentido. Não é mais como paixão descabida, mas é paz, saudade que não acaba nem em mil abraços. Não sei em que ponto estamos, quais são os níveis de se gostar. A gente tem mania de entender o que sentimos apenas quando perdemos. Não quero te perder. Então fique. E em milímetros de você talvez me descubra. Intimamente. Cativante. Mil palavras resumidas no jeito que você ri. Então me deixe ficar dentro de ti em todos os duplos e milhares de sentidos que podemos inventar, sem medo, sem vergonha, sem peso.  Talvez, querido, meu lugar seja nem lá, nem cá, mas tu.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

Me acompanhe

Posts recentes

Da vida adulta

Da vida adulta Vinho Netflix Cancelar a saída Pet Rolê na farmácia Sábado em casa Mas tem lugar pra sentar?

Ler mais »