Não me venha com essas frases de superação, com esses textos de indireta. Não, hoje não. Não me venha com otimismo, com isso de “tem coisas melhores por vir”, nem de “nada como o tempo”. Sim, talvez depois e depois de amanhãs as coisas pareçam mais simples, mais passado, mais cicatriz e menos ferida. Mas agora não tem remédio, não tem consolo, não tem outros amores. Agora não tem você. Tem só a falta, a saudade e essa dor ridiculamente doída.
Ninguém, capaz que nem (e muito menos) você, entenda quanta tristeza e quanto de mim se vai em cada lágrima.
Eu só fico pensando em como serei depois. Depois que secar, depois que não souber da sua rotina. Depois. Quando você tiver que fazer um grande esforço para se lembrar do meu rosto. Que medo de me tornar uma porta trancada feito você. Que medo de deixar de acreditar.
Eu tive medo também de me separar de você, mas hoje tenho mais medo de me afastar de mim. Eu tive medo de te perder, mas hoje tenho mais medo de não me encontrar. Então, seria melhor que eu não superasse? Seria melhor que eu guardasse essas tantas coisas que te dei e me guardasse desse abismo que os desamores nos jogam? Tomara que eu não te supere por completo, que é pra quando doer eu lembrar porque e como sou tão diferente de você.
Você foi tudo e depois se foi
Ontem (como antes e antes de ontem) lembrei de ti Nessa coisa de tentar remontar os momentos E falhar A