Dez e meia eu programei
meu beijo doce e o adeus.
Juntei uns panos
meus prantos
e suas cartas.
Na mala as meias
às dez e meia me aguardam.
Encostarei a porta
porque não sei
porque não posso então fechar.
Pegarei um voo,
mas não voarei.
Porque sempre foi você
quem meu deu as asas
e os sonhos
e os abraços
e os enganos
e o eu te amo.
E eu me dei.
Me devolva querido,
Às dez e meia
Essa alegria de viver
que eu, sem dúvida, precisarei.
O prazo é curto, isso
é certo.
Te vejo quando
Deus quiser…
Cinco para às dez e meia,
não sei se é noite ou já é dia.
Não mais importa.
São dez e meia
virei as costas
e te guardei.
Você foi tudo e depois se foi
Ontem (como antes e antes de ontem) lembrei de ti Nessa coisa de tentar remontar os momentos E falhar A