Eu vim de outro mundo. As amigas tem muitos “crushs” e entre viagens e noitadas, muitos beijos de nada. Todos os exs e homens da face da terra “conversam” com uma, duas, três. Essa coisa de trocar um pouco de saliva, ganhar um pouco de autoestima e sentido para o dia.
O fato é que o celular não para de tocar. Enquanto isso, meu coração bate cada vez menos. E meio boba revivo e crio todos os amores que não devem existir nesse mundo. Eu me apego fácil, pego as dores, insisto em acreditar no ser humano e que o sentimento vale mais que a vaidade. Mas tem a roupa, o carro, a festa da moda. Mas tem o novo peguete, o novo “cool”, o novo ex-amor. Mas e mais.
Eu, lá de outro planeta, não tenho muita ideia e me assusto fácil com cada coisa que ouço. E fica assim, isso de se sentir sem lar, sem espaço, sem ar cada vez que me deparo com o “normal”, deslocada. Prefiro ficar em casa. Dentro do meu quarto, que conforto, confio em mim.