Benzinho

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Meu bem, meu amor, meu benzinho. Gosto de te chamar de todos os nomes pra te chamar de meu, pra me lembrar que você foi uma achado nesse mundo de achismo, onde todo mundo se acha pra caramba e falta isso de ceder ombros, de ouvir ao próximo. Por isso, gosto de te ter sempre tão próximo, juntinho mesmo, pra eu poder me dependurar em você até te deixar sem espaço na cama. E na mesa do bar quando olho os outros casais um ao lado ou em frente ao outro, lá estou praticamente em cima de você, colada, fazendo cafuné, fazendo reparo no seu dedinho, fechando o olho pra guardar cada momento no peito. Pareço insuportável, eu sei. Mas é que com você não me contenho, eu que era mestre nessa arte de ser controlada. Que achava insuportável esses apelidos carinhosos, esse meleira danada. Logo eu, agora te chamo até com a mesma voz que chamo meu cachorro ou uma criança. Desculpe por seu tão não eu e só eu ao seu lado. É que quando a gente ama mesmo, a gente fica pequeno e grande ao mesmo tempo. E aí o amor não cabe só na gente. Sei que já é tarde da noite, tô aqui esperando seu carro, essa espera boa, “boíssima”. Tô aqui plantada e cada minuto que você demora é uma eternidade ao passo que a hora passa rápido demais ao seu lado. Tô aqui plantada, plantando amor, colhendo o melhor dele.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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