Pra um coração bagunçado

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Você sabe que nunca fui de ficar parada, esperando a vida passar e as segundas acabarem. Você sabe que eu vou reclamando, mas vou. Você me diz que não é preciso chorar e na mesma fração de uma dor imensa logo sou capaz de rir de alguma piada.

E eu gasto minhas últimas fichas apostando em nós, eu dou mais de mim pra ver se te compensa. Meu dia tem mais de 24 horas e percorro as milhas que forem preciso pelo seu sorriso. Eu ando tão cansada, mas eu ando. E eu tô aqui, onde, ano passado hora dessas, jamais imaginei estar.

Tô aqui olhando pra uma janela que dá de cara pro trem de uma cidade imensa mas que não parece caber meus sonhos. E enquanto eu vejo as pessoas eu fico imaginando quais são seus caminhos a partir daqui. Qual será o meu. E o nosso? E há nós?

Só vejo um milhão de nós que insisto em desatar, enquanto você solta essa corda e mergulha em qualquer abismo de você mesmo. Meu Deus, não te peço muito mais do que um pouco de calmaria pra um coração bagunçado.

Não precisa nem colocar a casa em ordem, contanto que me sinta uma vez na vida em casa. Uma vez “eu” no meu próprio corpo. Um segundo amada sem “mas”. Pra mim que não paro, um repouso na alma pra fazer sentido continuar em frente.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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