Era um vez um passarinho. Que pode bem ser eu ou você. De asas curtinhas, desde pequeno desejou altos voos. Era um passarinho que vivia de paradoxo, ora, como se pode gostar tanto de ninhos e querer perambular de canto em canto? Mas, meu pequeno, é que às vezes o medo, e isso que te falam que não vai dar certo é feito se sentir no precipício, sendo que tem diante de si a vista mais bela. É certo que a cautela é o que te faz medir as distâncias, mas não adianta muito mensurar a loucura dos sonhos e por razão nas coisas do coração. Seu ninho é a casa e acasa sempre foi o coração. Na minha sempre há visita, de parente a irmão, de alegria a esperança. Existem os agregados e lugar para quem quiser fazer morada. Só não me prenda, preciso de alguém que voe comigo. Não tem porque nunca ter que trocar porto seguro por altos voos. Passarinho, voe. Sem paradoxo nem diagnóstico dos mínimos “serás”. Esteja pronto para ir e voltar e ir mais uma vez, a gente erra e acerta e refaz e vai e voa.
Você foi tudo e depois se foi
Ontem (como antes e antes de ontem) lembrei de ti Nessa coisa de tentar remontar os momentos E falhar A