Era um menino

Era um menino
Cheio de sonhos, sempre acreditei
Era um menino no fim do dia, carregando os anos
E a máscara de homem feito
Por trás da barba sempre esconde os mesmos medos
Era um menino mimado
E meio cansado da vida
De tanto não ser amado,
Não deixou que o amasse, então
Era um menino
Cheio de planos
E tão sem rumo.
Sempre escolhe as piores estradas
Ele anda só, será que não percebe?
Mesmo nos sábados mais animados
E rodeado de gente, ele sente

É um menino com mais demônios
E pesadelos do que sonhos.
Ainda há uma pequena chama,
Sempre há.
Mas ele prefere ser morno
E morto segue vivo
Sempre matando o que os outros sentem
Também
Não é um jogo de sim ou não
E não sei se sou fogo ou gelo agora
Tudo menos igual a você
Que brinca de não ser
Apenas o que se é

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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