Se por acaso falar de saudade

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E se por acaso falar de saudade
Saberei que ainda ocupo gavetas em ti
Mas em todo caso, não quero ser só mais um caso
Quero ocupar-te gavetas inteiras
E nos armários
Quero ser o livro na sua cabeceira.
Pois, em todo caso, continuarei do lado direito do teu travesseiro.
Porque não há outro corpo que pertença o meu lugar.
E se por acaso
Falar de portas trancadas,
Saberei que é um homem de coragem.
A chave
Está na escrivaninha, ao lado da tua carteira,
Do papel amassado, da carta que eu não te dei.
Achou?
Nesse caso, é bom que saiba é cópia única.
E dá um trabalho a essa altura chamar o chaveiro…
Isso é um caso para não outro resolver.
Por isso, se começar falando de saudades,
É bom que saiba, que gosto de Roberto Carlos.
E você foi o maior dos meus casos.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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