Não somos mais os mesmos

Às vezes não sentimos saudades só dos lugares onde estivemos, mas também de como eram nossos corações quando os visitaram. (25)Eu quis voltar,
Pedir tudo que nunca foi meu de volta.
Pedir perdão mesmo a culpa não sendo de ninguém.
Enquanto estive fora achei que era saudade.
A gente tem saudade do que nunca viveu, vai entender…
Mas quando cheguei a casa era outra.
Entre os pós e as quinas, a luz era outra…também o cheiro.
E quando cheguei você era outro
Entre os cabelos, antes embaraçados,
encontrei você penteado.
Distante mesmo a menos de um metro.
Seus olhos eram outros.
Porque nem o rio e nem você eram os mesmos,
Ainda assim, eu só queria entrar. Você me deixou por os pés na água
E estava tudo gelado, sua correnteza era contrária ao meu caminho.
Entendi que os fins sempre tem um porquê. Porque mesmo que o tempo não acabe com o nós, nós mesmos acabamos. Acabamos mudando.
Quando voltei percebi que eu também era outra.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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