Não. Para quem lê e se pergunta – Não há outra coisa aqui além de amor? Já ficou chato, já virou clichê, já escrevi para fazer sorrir e já chorei tantas vezes. Passa dia e vem dia e nada mais me interessa. O trânsito lá fora, dinheiro, o que fulano disse sobre mim, paz de espírito, almoço na casa de alguém. Nada, nada disso me interessa. As pessoas falam comigo e eu, confesso, ouço só os meus “se’s”. Recuso os convites, ando muito ocupada pensando em você. Só atravesso na faixa para não correr riscos de me tropeçar nos carros. Até anotei esses dias onde coloqueis as chaves. Meu bem, checo suas fotos e seus recados. Então, não. Não tem outro assunto, não tem outro texto. Em todas as vírgulas estão minhas dúvidas, em todos os pontos meu medo de ser o final. Vivo de reticências, interrogações, de parágrafos e parágrafos de você. Vivo tentando te ler, escrever uma outra história pra gente, quem sabe. Fico sonhando de linha em linha no dia em que alguém precisar de um bloco de notas para não esquecer de nada, para não esquecer porque só lembra de mim. Eu queria um dia, um só, que alguém me amasse como eu amo você.
Você foi tudo e depois se foi
Ontem (como antes e antes de ontem) lembrei de ti Nessa coisa de tentar remontar os momentos E falhar A