Meu coração anda cheio de band-aids, remendos que você colocou. Você é o que chamo de amor bipolar. Você é o motivo do meu choro e do meu riso, me tira o sono por diversos motivos. Me dá a agonia e a alegria, me dá o agora e a ausência. Depois de me encontrar aos pedaços, põe no colo e seu abraço dá a impressão que vai curar. Você até tenta montar esse quebra-cabeça que é a gente. Você diz meia dúzia de palavras e faz outra meia dúzia de coisas diferentes, como pode? É, está difícil entender essa lógica de gostar.
Deixa eu te falar, de mim é que você não gosta. Até achei que você era do tipo egoísta que ligava só pra você, mas está aí seu problema: você não gosta nem de você. E todo mundo sabe, é preciso gostar mais da gente primeiro. É preciso aprender a se tratar bem, a se permitir, a fazer as melhores escolhas por você. É preciso estar inteiro porque, na verdade, ninguém completa ninguém. Se você estiver procurando que o outro te dê o que você nunca se deu, esquece… Se você não se amar, não é capaz de amar o outro. Eu sei, é fácil falar e mais fácil ainda gostar loucamente de um babaca qualquer que, no fundo, não liga a mínima pra você. Mas, entenda, é simples assim: é essencial estar inteiro, nem que seja cheio de band-aids, cheio de costuras e cicatrizes. É preciso se reinventar, se colocar de pé, se amar antes de tudo e depois de tudo.
Você foi tudo e depois se foi
Ontem (como antes e antes de ontem) lembrei de ti Nessa coisa de tentar remontar os momentos E falhar A