Dez e meia

johnny-carrie

Dez e meia eu programei
meu beijo doce e o adeus.
Juntei uns panos
meus prantos
e suas cartas.
Na mala as meias
às dez e meia me aguardam.
Encostarei a porta
porque não sei
porque não posso então fechar.
Pegarei um voo,
mas não voarei.
Porque sempre foi você
quem meu deu as asas
e os sonhos
e os abraços
e os enganos
e o eu te amo.
E eu me dei.
Me devolva querido,
Às dez e meia
Essa alegria de viver
que eu, sem dúvida, precisarei.
O prazo é curto, isso
é certo.
Te vejo quando
Deus quiser…
Cinco para às dez e meia,
não sei se é noite ou já é dia.
Não mais importa.
São dez e meia
virei as costas
e te guardei.

Quem escreve

Prazer,
Jéssica Alencar

Sou jornalista, escritora e criadora do Querido Indizível. Te convido a dizer e ouvir e ler e escrever sobre as coisas, indizíveis, da vida. Afinal – querido – viver é indizível…

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